A PLAYLIST DE… MATHIAS JELL (EUDAIMONY)

eudaimony_matthiasMisturar pós-black metal e doom/death metal é muito mais do que algo que possa apenas fazer-se calculista e precisa. Quem o diz é Matthias Jell, o homem que passou uma década a cantar para os Dark Fortress e depois trocou o conforto de uma posição de destaque numa banda de relevo pela possibilidade de fazer música, como ele diz, com o coração e com a alma. «Futile», o disco de estreia dos Eudaimony – banda que Jell partilha com Jörg Heemann dos Secrets Of The Moon, com Marcus Norman dos Naglfar e com o ex-Nachtreich Peter Honsalek – provam o alcance e profundidade das palavras do vocalista, que é o responsável pela playlist desta semana na METV, que passa hoje, sábado, entre as 21.00h e as 22.00h.

Como surgiu este projecto? Que motivações tinham para começar algo nesta direcção musical e como montaram a formação?
O Marcus [E. Norman, guitarrista, baixista e programador] e eu conhecíamo-nos há já algum tempo e nutríamos de um grande respeito musical um pelo outro. Ele é um músico de mente aberta, tal como eu. E quando me separei da minha banda anterior, os Dark Fortress, sentimos que era a altura certa para começarmos algo juntos, que não deveria ser comparável aos nossos trabalhos anteriores. O mesmo se passou com os outros dois elementos, que também já conhecíamos há algum tempo.

A vossa abordagem mistura black metal com fortes influências doom. Como chegaram e este género? O doom/death metal e algo que sempre fez parte dos vossos gostos e influências?
Sempre gostei de música com sentimento. Não quero saber de todas aquelas bandas técnicas. Quando escuto aqueles discos todos que colocam 20 solos de guitarra apenas para mostrar a habilidade dos músicos, aborreço-me de morte. A boa música é aquela em que os artistas investem o seu coração e alma, e não apenas os dotes técnicos. Era por isso que queríamos criar uma atmosfera muito sombria e doom, com estruturas muito simples mas que puxassem o ouvinte para baixo, para o abismo da sua própria alma. Lúgubre é a chave. Certamente é preciso ter-se uma certa abertura de espírito para deixar-se o álbum fluir e fazer efeito. Não é um daqueles discos de metal que se ouvem com facilidade, ao som dos quais se faz headbang, se grunhe e se bebe.

Podes dar-nos uma ideia de alguns temas que escolheste para a tua playlist e porquê?
O «Death Reflects Us» dos Beastmilk é uma das minhas canções favoritas actualmente. Grande sentimento, excelentes vocalizações e letras. Quanto ao «Dreaming Light» dos Anathema, é exactamente aquilo de que falei há pouco quando disse que a boa música é a que é feita com o coração e alma. Esta canção é intensidade pura. Empurra-me para baixo e puxa-me para cima ao mesmo tempo. Os Behemoth, para mim, são a única excepção na música técnica, porque mesmo assim têm muito sentimento. Os Behemoth são líderes puros nesse campo. A «Lucifer» é pura escuridão e loucura. Quanto ao «Lack Of Comprehension» dos Death… Chuck Schuldiner! Preciso de dizer mais?

«Futile» foi editado no dia 29 de Novembro pela Cold Dimensions.
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2 opiniões sobre “A PLAYLIST DE… MATHIAS JELL (EUDAIMONY)”

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